FILOSOFIA DA ESCOLA

quarta-feira, 4 de junho de 2014

A COPA DO MUNDO poesia de Luíz Coronel

   A copa do mundo

 O jantar está na  Copa.

Todos querem

erguer a taça,sorver o vinho da vitória.



Por favor, não exulte

felicidade antecipada.

Galinha cantando não é gemada no caneco.



Há uma euforia precoce.

'A Copa é nossa,

com brasileiro,

 não há quem possa.'



Que bom  se pudéssemos

dizer: "entre um hospital e um estádio, os dois."



 Não foi assim.



Após a Copa,em alguns estádios

o time dos fantasmas

enfrentará o vento,

a chuva, a solidão.



Poderiam os estádios

ser escolas,

centro de treinamento

para os saudáveis

jogos olímpicos.



Não foi assim.



O vendaval eletrônico

 derrubou as fronteiras.

A camiseta das seleções

envolve os signos nacionais.



Não vivemos

momentos ufanos.

 A Petrobras pisou na bola

e as ruas estão inquietas.

 Há entraves na área.



A esperança chuta de escanteio nossas divergências.

A um simples apito,

 acordesd do hino,

grito de gol,

nas mansões do Morumbi,

embaixo da ponte,

no cubículo dos presídios,

nas coberuras da Vieira Souto,

aslgo misteriosao

nos aproxima e identifica.



E retumba dentro de nós

uma inquieta voz que canta:

Salve a Seleção!



                                     Poesia   de   Luíz Coronel  Correio do Povo Sábado, 31 de maio de 2014.

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