A copa do mundo
O jantar está na Copa.
Todos querem
erguer a taça,sorver o vinho da vitória.
Por favor, não exulte
felicidade antecipada.
Galinha cantando não é gemada no caneco.
Há uma euforia precoce.
'A Copa é nossa,
com brasileiro,
não há quem possa.'
Que bom se pudéssemos
dizer: "entre um hospital e um estádio, os dois."
Não foi assim.
Após a Copa,em alguns estádios
o time dos fantasmas
enfrentará o vento,
a chuva, a solidão.
Poderiam os estádios
ser escolas,
centro de treinamento
para os saudáveis
jogos olímpicos.
Não foi assim.
O vendaval eletrônico
derrubou as fronteiras.
A camiseta das seleções
envolve os signos nacionais.
Não vivemos
momentos ufanos.
A Petrobras pisou na bola
e as ruas estão inquietas.
Há entraves na área.
A esperança chuta de escanteio nossas divergências.
A um simples apito,
acordesd do hino,
grito de gol,
nas mansões do Morumbi,
embaixo da ponte,
no cubículo dos presídios,
nas coberuras da Vieira Souto,
aslgo misteriosao
nos aproxima e identifica.
E retumba dentro de nós
uma inquieta voz que canta:
Salve a Seleção!
Poesia de Luíz Coronel Correio do Povo Sábado, 31 de maio de 2014.
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